segunda-feira, 18 de abril de 2011


Economia da Europa

A multiplicidade de nações adjacentes fez da Economia da Europa uma das mais complexas do planeta.

Durante séculos a Europa foi o centro econômico do planeta. Entre as causas, podemos citar como a principal sua condição geográfica. A localização entre a África e a Ásia, fez da região europeia um ponto de passagem obrigatório, e facilitou de forma substancial a absorção e irradiação dos conhecimentos, tecnologia e comércio de ambos continentes. Esta condição perdurou até ao século XX. No século XX, a Europa viu seu predomínio declinar em relação aos Estados Unidos, o Japão e, na fase final, a China. A Primeira e Segunda guerra mundial, travadas em seu território, a carência de energia, de petróleo, além de uma intensa rivalidade entre seus povos, representaram para o continente a perda de sua liderança econômica.

Central nuclear na França.

A Europa não tem auto-suficiência na produção de energia, exigindo a importação de muito petróleo. Este produto só é extraído em quantidades consideráveis na Rússia e no Mar do Norte. O gás natural, outro produto bastante usado na geração e produção de energia é muito abundante na Rússia, Romênia, Países Baixos e no Reino Unido. Outro recurso energético que teve grande importância nas fases iniciais da revolução industrial foi o carvão mineral, muito abundante, sobretudo na Alemanha, Polônia, Rússia, Reino Unido. Todas estas fontes energéticas são extremamente poluidoras e causam grandes impactos ambientais em todo o planeta. No caso da energia limpa, ou seja, não poluidora, podem ser citadas a energia hidráulica, energia eólica, e energia solar, de baixa produção e utilização da Europa, devido às suas condições geográficas. A produção de energia nuclear na Europa é muito importante, e, a exemplo dos Estados Unidos, gera imensas quantidades de lixo atômico, cujo fim, desde o início de sua utilização, é muito nebuloso e nunca divulgado na mídia mundial.

Comércio

O comércio na Europa, ainda apresenta uma certa polarização. Na região ocidental o movimento de capital e transações comerciais ocupam lugares proeminentes nas trocas internacionais. Os principais parceiros da região são os Estados Unidos, o Canadá, o Japão e os países do Oriente Médio.

No caso da Europa oriental, o volume de transações comerciais é bem menor, isto ocorre devido aos traumas ainda da divisão do continente em dois blocos, ocidental e oriental, e ao resultado dos múltiplos embargos e manipulações mercadológicas ocorridas durante a guerra fria.

Importações e exportações

Basicamente a Europa importa matérias-primas, minerais, produtos tropicais, borracha e madeira (material|madeira). Manufaturados de alta tecnologia procedentes dos Estados Unidos e do Japão. A exportação predominante é de manufaturados, automóveis,navios, produtos químicos, produtos ópticos e calçados. As Economias Da Europa Ocidental O comércio intra-europeu ocorre da mesma forma que em outras regiões do Planeta. Para favorecer ao comércio local foi criada uma legislação específica e acordos comerciais que se materializaram em organizações como a Associação Européia de Livre Comércio e a Comunidade Econômica Européia.

Na área centro-ocidental européia, onde o comércio é intenso, e a rede rodoviária e ferroviária terrestre mais densa do planeta. As trocas e o comércio se dão de forma muito rápida e dinâmica. Nas demais regiões embora não possuam uma rede viária tão densa, ainda é bem acima da média do resto do mundo, pois, nenhum habitante de uma região medianamente importante deixa de contar com ferrovia ou rodovia próxima de si.

Devido ao seu perfil acidentado, do ponto de vista geográfico, o Continente Europeu possui muitas baías e portos naturais. Este particular permitiu historicamente o desenvolvimento da vocação marítima dos habitantes do litoral.

Os portos mais movimentados são: Roterdão, Antuérpia, Le Havre, Marselha, Londres, Lisboa e Gênova. Os aeroportos mais movimentados da Europa são o de Moscou, Londres, Paris e Frankfurt, todos entre os mais movimentados do mundo.

O fluxo turístico em direção à região do Mar Mediterrâneo, faz da aviação comercial da região a mais movimentada do mundo, sendo imensa a quantidade de turistas que transitam em vários dos aeroportos europeus.

O continente europeu, berço da Revolução Industrial, é formado por alguns dos países mais desenvolvidos do globo. Segundo o Development Programme Report das Nações Unidas elaborado em 2006, com dados relativos a 2004, entre os dez mais desenvolvidos países do mundo, seis eram europeus.

A agropecuária, a mineração e os transportes são os fatores que mais influenciam na economia européia.

Os grandes grupos industriais europeus e mundiais fazem investimentos elevados em pesquisa e tecnologia, criando e desenvolvendo novos produtos, modernizando e automatizando suas fábricas para alcançar um menor custo de produção e melhorar a sua competitividade global.

Os parques industriais dos países da Europa Ocidental são bastante diversificados, destacando-se os ramos de produtos eletrônicos para consumo, telecomunicações, veículos aeroespaciais, aviões, produtos farmacêuticos, construção naval, energia nuclear, siderurgia e automobilística.

Na Europa Oriental, após a Segunda Guerra Mundial, a atividade industrial desenvolveu-se com base no planejamento estatal, destacando-se a República Checa na indústria metalúrgica e a Polônia também na metalurgia e na construção naval. Com o surgimento do novo modelo industrial baseado nas novas tecnologias, o parque industrial dos antigos países socialistaseconomia de mercado a partir do início dos anos 1990 promoveu uma autêntica reestruturação industrial com a abertura de mercados, os cortes de subsídio às empresas estatais, a liberalização dos preços e um surto inflacionário. Muitas dessas empresas faliram e os países sofreram queda de produção e dos níveis de empregos. Nos últimos anos, aqueles países de maior tradição industrial, como a República Checa, a Polônia e a Hungria, iniciaram uma recuperação econômica com o aumento dos investimentos estrangeiros e a instalação de várias empresas multinacionais. encontrava-se com grande defasagem tecnológica. A transição para a

Com o avanço do capitalismo na Europa Oriental, esses países estão se tornaram área de influência da União Européia, principalmente através das relações comerciais e dos investimentos que a Alemanha passou a fazer na região.

A União Européia concentra algumas das maiores áreas industriais do mundo e vem sendo considerada um dos pólos da chamada tríade, um conjunto que concentra riqueza, poder e tecnologia. Os outros dois países que formam essa tríade são os Estados Unidos e o Japão.

A energia da França também foi baseada em varios aspectos históricos e econômicos, tanto é que a França já foi uma potência, só que agora nós temos como potência os EUA .

Agropecuária

Produção agrícol

Produção de trigo.

A Europa apresenta uma importante e diversificada produção agrícola, com grande aproveitamento dos seus solos, geralmente férteis. O uso do solo está sujeito à técnicas adequadas e modernas, com elevada produtividade.

A cultura de cereais é predominante, destacando-se o "trigo", produto mais importante. Sua principal área produtora é a região de solos negros da Ucrânia (tchernoziom). O outros países que se destacam na produção de trigo são Itália, França, Alemanha e Rússia. Outros cereais cultivados são o centeio, a aveia e a cevada, importantes produtos agrícolas das áreas temperadas.

O centeio substitui o trigo em áreas de clima mais frio e é importante na fabricação do pão. A aveia é produzida principalmente para a alimentação do gado, recebendo, por isso, o nome de forrageira. A cevada é uma matéria-prima básica à fabricação da cerveja, produto de destaque em vários países europeus. Os maiores produtores desses cereais são: Alemanha, França, Espanha, Polônia e Reino Unido. A batata é outro produto importante da agricultura da Europa. Os principais produtores de batata são: Alemanha, França, Países Baixos, Reino Unido e Rússia. Nas regiões européias de clima mediterrâneo, sobressai o cultivo da oliveira, destina à produção de azeitonas e de azeite. Portugal, Espanha, França e Itália destacam-se como maiores produtores mundiais e seus produtos são reconhecidos como os de melhor qualidade internacional.

Outro destaque especial é o cultivo da videira, destinada à produção de vinhos. Alguns tipos de vinho e de azeite só podem ser produzidos nesses países, devido às condições especiais do solo e do clima. Esses aspectos geográficos atribuem aos países da Europa Mediterrânea condições especiais de mercado, devido à impossibilidade de produção, em outros países do mundo, de mercadorias com características similares.

O volume de colheitas da Europa é muito inferior relativamente à América do Norte, Ásia e América do Sul. As culturas da região incluem cereais, sobretudo o trigo, cevada, o centeiobatata. A produção de milho, arroz e aveia é deficiente. A produção frutícola, bastante diversa, varia de região para região. Exemplos são a pêra e a maçãMediterrâneo, e as videiras que devido às condições de solo e climáticas produzem grande quantidade de uva, e dão aos vinhos qualidade excepcional. Outro produto mediterrâneo, é a azeitona, apreciada e exportada para o mundo todo. cultivado em alternância com a produzidas nas zonas temperadas e úmidas. Podemos ainda citar as frutas cítricas do

Muitos dos problemas agrícolas da Europa decorrem da falta de autonomia do continente no tocante aos cereais para forragem, às gorduras vegetais e aos produtos tropicais. Não tendo condições climáticas nem geográficas para concorrer com os outros continentes nessa área, os governos dos países europeus subvencionam o cultivo de certos produtos, causando imensos desequilíbrios sociais nos países produtores, sobretudo nos de economia emergente e de terceiro mundo. A subvenção é uma maneira artificial de evitar a ruína dos agricultores europeus, além disso, serve para forçar o mercado internacional a flutuar de acordo com as aspirações de lucratividade dos grandes grupos econômicos.

Pecuária

Como a agricultura, a pecuária na Europa fornece uma grande variedade de produtos, desde a carne até o queijo e a manteiga. A pecuária é praticada principalmente de forma intensiva, com o gado recebendo cuidados técnicos, que proporcionam mais rendimentos.

O rebanho mais numeroso é o de bovinos, criado principalmente na Rússia, na Ucrânia, na Alemanha, na França, na Grã-Bretanha e na Polônia. Apesar de não possuir um rebanho numeroso, a criação de gado leiteiro tem destaque na Dinamarca, Suíça e Países Baixos. Nos Países Baixos, por exemplo, a produtividade do rebanho é superior a 5 mil litros de leite por vaca ao ano, sendo cerca de 75% da produção de industrializados no país.

A título de comparação, enquanto o consumo de leite na União Européia, no início da década de 1990, era de 810 litros por habitante, no Brasil era de aproximadamente 90 litros por habitante.

Além dos bovinos, destacam-se no continente europeu os rebanhos de suínos e de ovinos. Na suinocultura, a Alemanha sobressai como principal criador. Nesse país, cria-se principalmente o suíno destinado ao fornecimento de carne para atender ao alto consumo não só da Alemanha, mas também de toda a Europa. No entanto, a produção é insuficiente para abastecer todo o continente, sendo necessário importar carne suína. Os ovinos, utilizados para a obtenção de , são criados sobretudo nas ilhas Britânicas, na Romênia e na Espanha. Uma outra característica importante da agropecuária, principalmente nos países que fazem parte da União Européia, são os subsídios concedidos pelos governos aos agricultores, como empréstimos a juros baixos e pagamentos a longo prazo.

A criação em 1962 da PAC (Política Agrícola Comum) foi uma forma de os governos europeus protegerem seus agricultores da concorrência externa, visando a manutenção da renda e do emprego agrícola e a obtenção de uma estabilidade nos preços dos alimentos. Esse apoio dado à agropecuária desde a década de 1960 levou a Europa praticamente a se tornar auto-suficiente nos principais produtos alimentares, mas não resolveu problemas como as disparidades entre países e regiões do continente.

Nos anos 1990, esse programa começou a ser questionado no interior da União Européia por aqueles que consideravam os custos muito elevados (45000 milhões de dólares anuais). A PACOMC (Organização Mundial do Comércio) e dos países como os EUA, que estão pressionando cada vez mais a redução do protecionismo agrícola, pois ele bloqueia a entrada de produtos de outros países no mercado europeu. A perspectiva da diminuição dos subsídios agrícolas tem sido objeto de protesto em vários países europeus, especialmente na França, maior produtor agrícola da Europa Ocidental e onde existe o maior número de agricultores beneficiados com os subsídios. também é motivo de críticas internacionais, principalmente por parte das instituições como a

Os países nórdicos têm tradição milenar na pecuária, em função disto, é muito desenvolvida e de alta qualidade. A produção na Europa de leite, queijo e manteiga supera o seu consumo, transformando-se em produtos de exportação. A avicultura não possui excedentes de produção, porém abastece o mercado de ovos e de carne de forma praticamente auto suficiente.

Pesca

Na Europa, a pesca é uma atividade econômica bastante desenvolvida, sobretudo nos países setentrionais, destacando-se a Noruega, a Finlândia, a Suécia e a Islândia, que utilizam modernos equipamentos pesqueiros. As principais espécies são o bacalhau, o arenque e o salmão. A pesca nessa região é favorecida pela presença da corrente do Golfo (Gulf Stream), que carrega uma grande quantidade de plânctons, responsáveis pela formação de cardumes.

Na Europa, a pesca tem grande importância em Portugal, na Noruega, na Islândia, na Rússia, na Dinamarca e na Espanha. As espécies mais comuns são o atum, bacalhau, a sardinha, a cavala, o arenque, e os crustáceos e moluscos.


CULTURA AFRO EM SÓ 1 MINUTO


Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico transatlântico de escravos. No Brasil a cultura africana sofreu também a influência das culturas europeia (principalmente portuguesa) e indígena, de forma que características de origem africana na cultura brasileira encontram-se em geral mescladas a outras referências culturais.

Traços fortes da cultura africana podem ser encontrados hoje em variados aspectos da cultura brasileira, como a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. Os estados do Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados pela cultura de origem africana, tanto pela quantidade de escravos recebidos durante a época do tráfico como pela migração interna dos escravos após o fim do ciclo da cana-de-açúcar na região Nordeste.

Ainda que tradicionalmente desvalorizados na época colonial e no século XIX, os aspectos da cultura brasileira de origem africana passaram por um processo de revalorização a partir do século XX que continua até os dias de hoje.

Evolução histórica

De maneira geral, tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Assim, as religiões afro-brasileiras e a arte marcial da capoeira foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas.

Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX.

Posteriormente, o governo da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas desenvolveu políticas de incentivo do nacionalismo nas quais a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial. Por exemplo, os desfiles de escolas de samba ganharam nesta época aprovação governamental através da União Geral das Escolas de Samba do Brasil, fundada em 1934.

Outras expressões culturais seguiram o mesmo caminho. A capoeira, que era considerada própria de bandidos e marginais, foi apresentada, em 1953, por mestre Bimba ao presidente Vargas, que então a chamou de "único esporte verdadeiramente nacional".

A partir da década de 1950 as perseguições às religiões afro-brasileiras diminuíram e a Umbanda[1]. Na década seguinte, as religiões afro-brasileiras passaram a ser celebradas pela elite intelectual branca. passou a ser seguida por parte da classe média carioca

Em 2003, foi promulgada a lei nº 10.639 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passando-se a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluam no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira.

Estudos afro-brasileiros

O interesse pela cultura afro-brasileira manifesta-se pelos muitos estudos nos campos da sociologia, antropologia, etnologia, música e linguística, entre outros, centrados na expressão e evolução histórica da cultura afro-brasileira.

Muitos estudiosos brasileiros como o advogado Edison Carneiro, o médico legista Nina Rodrigues, o escritor Jorge Amado, o poeta e escritor mineiro Antonio Olinto, o escritor e jornalista João Ubaldo, o antropólogo e museólogo Raul Lody, entre outros, além de estrangeiros como o sociólogo francês Roger Bastide, o fotografo Pierre Verger, a pesquisadora etnóloga estadunidense Ruth Landes, o pintor argentino Carybé, dedicaram-se ao levantamento de dados sobre a cultura afro-brasileira, a qual ainda não tinha sido estudada em detalhe[2].

Alguns infiltraram-se nas religiões afro-brasileiras, como é o caso de João do Rio, com esse propósito; outros foram convidados a fazer parte do Candomblé como membros efetivos, recebendo cargos honorificos como Obá de Xangô no Ilê Axé Opô Afonjá e Ogan na Casa Branca do Engenho Velho, Terreiro do Gantois, e ajudavam financeiramente a manter esses Terreiros.

Muitos sacerdotes leigos em literatura se dispuseram a escrever a história das religiões afro-brasileiras, recebendo a ajuda de acadêmicos simpatizantes ou membros dos candomblés. Outros, por já possuírem formação acadêmica, tornaram-se escritores paralelamente à função de sacerdote, como é caso dos antropólogos Júlio Santana Braga e Vivaldo da Costa Lima, as Iyalorixás Mãe Stella e Giselle Cossard, também conhecida como Omindarewa a francesa, o professor Agenor Miranda, a advogada Cléo Martins e o professor de sociologia Reginaldo Prandi, entre outros.

Religião

Os negros trazidos da África como escravos geralmente eram imediatamente batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. A conversão era apenas superficial e as religiões de origem africana conseguiram permanecer através de prática secreta ou o sincretismo com o catolicismo.

Algumas religiões afro-brasileiras ainda mantém quase que totalmente suas raízes africanas, como é o caso do Candomblé e do Xangô do Nordeste; outras formaram-se através do sincretismo religioso, como o Batuque, o Xambá e a Umbanda. Em maior ou menor grau, as religiões afro-brasileiras mostram influências do Catolicismo e da encataria europeia, assim como da pajelança ameríndia[3]. O sincretismo manifesta-se igualmente na tradição do batismoIgreja Católica, mesmo quando os fiéis seguem abertamente uma religião afro-brasileira. dos filhos e o casamento na

Já no Brasil colonial os negros e mulatos, escravos ou forros, muitas vezes associavam-se em irmandades religiosas católicas. A Irmandade da Boa Morte e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foram das mais importantes, servindo também como ligação entre o catolicismo e as religiões afro-brasileiras. A própria prática do catolicismo tradicional sofreu influência africana no culto de santos de origem africana como São Benedito, Santo Elesbão, Santa Efigênia e Santo Antônio de Noto (Santo Antônio do Categeró ou Santo Antônio Etíope); no culto preferencial de santos facilmente associados com os orixás africanos como São Cosme e Damião (ibejis), São Jorge (Ogum no Rio de Janeiro), Santa Bárbara (Iansã); na criação de novos santos populares como a Escrava Anastácia; e em ladainhas, rezas e festas religiosas (como a Lavagem do Bonfim onde as escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim em Salvador, Bahiaágua de cheiro pelas filhas-de-santo do candomblé). são lavadas com

As igrejas pentencostais do Brasil, que combatem as religiões de origem africana, na realidade têm várias influências destas como se nota em práticas como o batismo do Espírito Santo e crenças como a de incorporação de entidades espirituais (vistas como maléficas). Enquanto o Catolicismo nega a existência de orixás e guias, as igrejas pentencostais acreditam na sua existência, mas como demônios.

Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora um número maior de pessoas sigam essas religiões de forma reservada.

Inicialmente desprezadas, as religiões afro-brasileira foram ou são praticadas abertamente por vários intelectuais e artistas importantes como Jorge Amado, Dorival Caymmi, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia (que freqüentavam o terreiro de Mãe Menininha), Gal Costa (que foi iniciada para o Orixá Obaluaye), Mestre Didi (filho da iyalorixá Mãe Senhora), Antonio Risério, Caribé, Fernando Coelho, Gilberto Freyre e José Beniste (que foi iniciado no candomblé ketu).

Arte

O Alaká africano, conhecido como pano da costa no Brasil é produzido por tecelãs do terreiro de Candomblé Ilê Axé Opô Afonjá em Salvador, no espaço chamado de Casa do Alaká[4]. Mestre Didi, Alapini (sumo sacerdote) do Culto aos Egungun e Assògbá (supremo sacerdote) do culto de Obaluaiyê e Orixás da terra, é também escultor e seu trabalho é voltado inteiramente para a mitologia e arte yorubana.[5] Na pintura foram muitos os pintores e desenhistas que se dedicaram a mostrar a beleza do Candomblé, Umbanda e Batuque em suas telas. Um exemplo é o escultor e pintor argentino Carybé que dedicou boa parte de sua vida no Brasil esculpindo e pintando os Orixás e festas nos mínimos detalhes, suas esculturas podem ser vistas no Museu Afro-Brasileiro e tem alguns livros publicados do seu trabalho. Na fotografia o francês Pierre Fatumbi Verger, que em 1946 conheceu a Bahia e ficou até o último dia de vida, retratou em preto e branco o povo brasileiro e todas as nuances do Candomblé, não satisfeito só em fotografar passou a fazer parte da religião, tanto no Brasil como na África onde foi iniciado como babalawo, ainda em vida iniciou a Fundação Pierre Verger em Salvador, onde se encontra todo seu acervo fotográfico.

Culinária

A feijoada brasileira, considerada o prato nacional do Brasil, é frequentemente citada como tendo sido criada nas senzalas e ter servido de alimento para os escravos na época colonial. Atualmente, porém, considera-se a feijoada brasileira uma adaptação tropical da feijoada portuguesa que não foi servida normalmente aos escravos. Apesar disso, a cozinha brasileira regional foi muito influenciada pela cozinha africana, mesclada com elementos culinários europeus e indígenas.

A culinária baiana é a que mais demonstra a influência africana nos seus pratos típicos como acarajé, vatapá e moqueca. Estes pratos são preparados com o azeite-de-dendê, extraído de uma palmeira africana trazida ao Brasil em tempos coloniais. Na Bahia existem duas maneiras de se preparar estes pratos "afros". Numa, mais simples, as comidas não levam muito tempero e são feita nos terreiros de candomblé para serem oferecidas aos orixás. Na outra maneira, empregada fora dos terreiros, as comidas são preparadas com muito tempero e são mais saborosas, sendo vendidas pelas baianas do acarajé e degustadas em restaurantes e residências.


Música e dança

A música foi criada pelos afro-brasileiros é uma mistura de influências de toda a África subsaariana com elementos da música portuguesa e, em menor grau, ameríndia, que produziu uma grande variedade de estilos.

A música popular brasileira é fortemente influenciada pelos ritmos africanos. As expressões de música afro-brasileira mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, coco, jongo, carimbó, lambada e o maxixe.

Como aconteceu em toda parte do continente americano onde houve escravos africanos, a música feita pelos afro-descendentes foi inicialmente desprezada e mantida na marginalidade, até que ganhou notoriedade no início do século XX e se tornou a mais popular nos dias atuais.

Instrumentos afro-brasileiras

Mudanças na superfície terrestre.

Entre 2011 e 2111 a superfície terrestre sofreu mudanças expressivas. A causa principal foi o aquecimento global , que gerou terremotos, ciclones e tsunamis. Para alguns cientistas, durante o século XXI a terra passou por convulso~es semelhantes a fenômenos o corridos no paleocen, primeira fase da era mais Genozóica,compreendida entre 65 e 55 milhões de anos atrás. O clima era mais quente que o atual, parecendo seguir, como hoje, a tendência de resfriamento, iniciada na era mezóica. No seu final contudo, houve um súbito e inesplicável aumento de temperatura, evento conhecido como ´´maximo térmico´´, dando inicio ao Eoceno. Algo similar ocorreu a parti da segunda década do século XXI, atingindi o clímax nos dias atuais, ou seja, por volta da primeira década deste nosso século XXI.