sexta-feira, 18 de março de 2011

LUGAR DE MULHER È NA COZINHA... Será?

Mulheres cada vez mais se destacando no mercado de trabalho




A idéia de que existem profissões exclusivamente femininas ou masculinas caiu por terra já há algum tempo. Hoje, o que vemos é que, cada vez mais, as características mais fortes em um gênero ou no outro são necessárias a todas as profissões. E, nessa idéia de que as competências comportamentais são imprescindíveis, as qualidades femininas vêm se destacando como fundamentais num mundo corporativo ainda predominantemente masculino.

Um caso bem interessante para essa análise é o mercado da construção civil. Se antes os empregadores viam na força de trabalho dos homens a sua única opção, atualmente este cenário vem mudando. Agora, gestores perceberam que as mulheres têm um olho mais atento para os detalhes e que também possuem uma maneira mais sutil de lidar com os profissionais das obras. Em termos de resultados, isso pode significar menores gastos com desperdício de matéria-prima e menor turnover de funcionários, o que obviamente também gera economias.

Um dos principais benefícios de ser liderado por uma mulher, então, reside justamente nesta proximidade que elas permitem durante o cotidiano. Geralmente, empresas geridas por elas têm canais de comunicação mais abertos, em que os colaboradores sentem-se mais instigados a participar. Isso, contudo, não é uma regra. Aliás, este é outro ponto a se pensar: desconfie de estudos e de gurus que buscam a unanimidade. Afinal, muitas pessoas conhecem um homem que é sensível ou então uma mulher mais racional. O ponto dessa reflexão é reconhecer as diferenças e as características próprias de cada gênero, buscando assim criar equilíbrio no ambiente de trabalho, da mesma maneira que buscamos esse equilíbrio em nossos lares.


Voltando à atenção maior dedicada aos detalhes por parte das profissionais, creio que esta seja uma qualidade que conta pontos a favor da mulher já durante a entrevista de emprego. Naquele momento tão importante para a tomada de decisão do gestor de RH, é mais fácil para elas perceberem o clima organizacional e o que a empresa procura no futuro colaborador. O uso da percepção, que algumas pessoas costumam chamar de intuição ou até mesmo sexto sentido, é algo que tem atraído a atenção do mercado quando se fala nos rumos que as empresas devem tomar.

A mulher, hoje, mostra que não precisa se igualar ao homem para alcançar o sucesso. Suas características próprias passaram a ser valorizadas e não mais julgadas como “menores”. Complementaridade passou a ser a palavra de ordem para a formação de equipes competentes e, com certeza, a presença das características femininas são essenciais para qualquer equipe de sucesso.

* Renato Grinberg é diretor Geral do portal de empregos Trabalhando.com.br e especialista em carreiras e mercado de trabalho. Grinberg desenvolveu sólida carreira internacional, tendo trabalhado em empresas como a Sony Pictures e a Warner Bros., nos EUA. Na Warner, foi selecionado para um programa de desenvolvimento de executivos onde apenas quatro profissionais eram selecionados por ano entre centenas de candidatos vindos dos mais prestigiados MBAs americanos. Concluiu seu MBA na University of Southern California – Marshall School of Business, é pós-graduado em Marketing pela University of California - Los Angeles e formado em música e filosofia pela FAAM.

VOCÊ É PRECONCEITUOSO! Ja pensou nisso?

Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. As principais formas são: preconceito racial, social e sexual.

O preconceito racial é caracterizado pela convicção da existência de indivíduos com características físicas hereditárias, determinados traços de caráter e inteligência e manifestações culturais superiores a outros pertencentes a etnias diferentes. O preconceito racial, ou racismo, é uma violação aos direitos humanos, visto que fora utilizado para justificar a escravidão, o domínio de alguns povos sobre outros e as atrocidades que ocorreram ao longo da história.

Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente. Outra forma de preconceito muito comum é o sexual, o qual é baseado na discriminação devido à orientação sexual de cada indivíduo.

O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência, uma vez que é baseado unicamente nas aparências e na empatia.

formas de preconceito:

1-O racismo é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferiridade, se sentindo, muitos povos, como sendo inferiores aos europeus.

2-Preconceito sexual
Quinta 16 de Outubro 2008 em 22:13

Preconceito é um juízo manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, racial e sexual.

O preconceito sexual é discriminar alguém pela sua orientação sexual. Homossexuais e bissexuais são agredidos por não serem "iguais" às regras da sociedade. Nesse caso, muitas pessoas escondem sua orientação sexual, por medo de insultos e preconceitos de outra ordem. A sexualidade de uma pessoa não é uma "opção sexual", a maneira como ela irá desenvolver o seu desejo sexual depende de vários fatores (ainda discutidos pela psicologia).

Hoje em dia fala-se muito no casamento entre os homossexuais o que é um assunto ainda muito discutido pois as opiniões das pessoas sobre este tema são diversas. Há pessoas que acham bem que os homossexuais se casem pois são pessoas iguais as outras e têm os mesmo direitos, pois não devem ser criticados pela orientação sexual que escolheram. Outras dizem que tudo bem até se podem "casar" mas não lhe chamem casamento, pois o casamento foi concedido para união de duas pessoas de sexo oposto. E ainda há aqueles que dizem que o homem foi feito para a mulher e a mulher para o homem, e que as pessoas do mesmo sexo não se devem unir de maneira nenhuma pois vai contra os principios da sociedade e da natureza(o que na minha opinão não está certo pois as pessoas são livres de escolher aquilo que querem para poderem ser felizes e se sentirem realizadas).

Outro tema muito discutido na actualidade é a adoção por casais homossexuais. A pergunta que se faz é se "os homossexuais devem ter o direito a adoptar?". Nesta questão as opinões tambem se dividem, uns dizem que sim, pois como na questão anteior os homossexuais devem ter os mesmo direitos que as outras pessoas, mas neste caso penso que este argumento é fraco pois não depende só de ter direitos iguais, mas também a forma como as crianças adoptadas iram reagir ao facto de que os pais são homossexuais e o porquê de não terem uma familia igual as outras.
3-Preconceito social
O preconceito social é uma forma de preconceito a determinadas classes sociais que provém da divisão da sociedade em classes. A discriminação consiste em acreditar que as classes mais pobres são inferiores às que possuem mais bens. Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “falta” para serem semelhantes à grande maioria. Podemos citar o exemplo da civilização grega, onde o bárbaro (estrangeiro) era o que "transgredia" toda a lei e os costumes da época. Atualmente, um exemplo claro de discriminação e preconceito social é a existência de favelas e condomínios fechados tão próximos fisicamente e tão longes socialmente das residências da classe média.

4-preconceito religioso
Intolerância religiosa:é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar as diferenças ou crenças religiosas de terceiros. Poderá ter origem nas próprias crenças religiosas de alguém ou ser motivada pela intolerânciaperseguição religiosa: e ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação numa época ou noutra.
A perseguição religiosa, que constitui um caso extremo de intolerância, consiste no maltrato persistente que um grupo dirige a outro grupo ou a um indivíduo devido à sua afiliação religiosa. Usualmente, a perseguição desta natureza floresce devido à ausência de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso.
contra as crenças e práticas religiosas de outrem. A intolerância religiosa pode resultar em

Vença o seu preconceito

O preconceito contra o funk e o rap, estilos que expõem o que a sociedade tenta esconder

RIO - Existe, em correntes ideológicas de esquerda, a máxima de que o "Capitalismo Selvagem" gera o preconceito e joga o homem contra o homem. Não discordo integralmente dessa máxima, eu acredito, sim, que o capitalismo é um sistema econômico selvagem, preconceituoso e, acima de tudo, ultrapassado, mas colocar o preconceito como uma exclusividade ou criação do capitalismo é um erro. Um grave erro.

Desde as sociedades mais antigas (e, consequentemente, pré-capitalistas) o preconceito caminhou entre nós. O ser humano sempre nutriu uma postura defensivo-ofensiva para com o diferente, o outro, algo que, infelizmente, em pleno século XXI, ainda não foi superado e, sinceramente, tenho dúvidas se algum dia o ser humano será capaz de superar este desvio.

"O funk e o rap incomodam, vieram de baixo e vieram para ficar, incomodam porque não nasceram de uma elite cultural"

O preconceito já se deu na esfera racial-étnica, na esfera econômico-social, na esfera da fé e, mesmo sem ter desaparecido nessas esferas, o vemos com muita força também na esfera cultural, uma esfera cheia de estigmas. O rock é o som do diabo, o axé é a música dos ignorantes, o pagode é a trilha sonora dos cornos e mal amados, sertanejo é música de caipira, assim como o forró é coisa de paraíba. O rap é coisa de bandido e o funk, obviamente, é coisa de drogado. Tantas são as máximas e todas com a mesma alteridade, podíamos ficar aqui escrevendo linhas e mais linhas só com taxações preconceituosas contra algum estilo musical. Todas tendo em comum o fato de reconhecer o outro estilo, mas não o reconhecendo como uma legítima manifestação cultural.

Eu poderia me ater à defesa de cada manifestação individualmente, mas o fato é que isso iria tornar este artigo muito longo, por isso irei me ater apenas a duas das mais atuais dessas manifestação (que são também, na atualidade, as maiores "vítimas" deste preconceito): o funk e o rap.

Se analisarmos o papel da música na história, principalmente na história do Brasil, vemos que, ao longo do século XX, a realidade brasileira foi cantada em diversos gêneros como forma de protesto e sobrevivência cultural. E se formos ainda mais a fundo, vemos que todos os estilos nascidos, ou que migraram para tal forma de expressão, sofreram o preconceito e/ ou repressão. O samba não era bem visto em seu nascimento, a ditadura militar reprimiu com violência (não apenas física) os que cantavam contra sua existência, a própria geração do rock 80 era mais associada com o preconceito em suas origens: Renato Russo era o viado, Cazuza, o drogado... em vez de valorizar os artistas, os adjetivos que os acompanhavam, em geral, eram depreciativos e preconceituosos.

Com o funk e o rap não poderia ser diferente. Um nasceu nos morros do Rio de Janeiro, o outro na periferia de São Paulo. Ambos surgiram expondo uma realidade social que a sociedade, de uma maneira geral, tenta não ver. Quem não lembra de versos como "eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci" ou ainda "era só mais um Silva que a estrela não brilha, ele era funkeiro mas era pai de família"? Gêneros musicais ligados a uma população de baixa renda, à desigualdade social, e que foram se moldando (e até se popularizando) com o tempo mas sem jamais deixarem de ser alvos dos mais variados tipos de preconceito.

O funk e o rap sofrem com a taxação de ser música de pobre, de bandido e afins mesmo tocando em bairros como Ipanema, Morumbi, Leblon. Essas taxações nada mais são do que demonstrações da mais pura e simples alteridade. Alguns se acham inteligentes demais para ouvir/ gostar de funk e rap, outros se acham cultos demais para tal, mas a realidade é que toda essa "superioridade" intelecto-cultural não passa de limitação intelecto-cultural e o mais puro preconceito. O caso do funk do Rio de Janeiro é ainda pior, pois se o rap é a música dos bandidos, o funk é ligado diretamente ao tráfico de drogas e tudo que a sociedade tenta esconder. Além de sofrer um preconceito sócio-criminal, o funk, recentemente, em uma de suas mudanças, atraiu para si mais um estereótipo: o da vulgaridade e das "péssimas" letras.

Ora, em primeiro lugar, nem todo funk é vulgar, ainda existem funks que não falam de sexo e violência, ainda que estes sejam a maioria. Em segundo lugar, não é o funk que vulgariza a sociedade, mas sim a sociedade que se vulgarizou e contagiou o funk. A televisão está cada vez mais apelativa, com pouca roupa, muitos seios, sexo e violência no horário nobre. Nossas crianças assistem a uma infinidade de animações japonesas com personagens com suas saias curtas, roupas decotadas, carregadas de apelo erótico e mensagens subliminares. A sociedade se vulgarizou e a música reflete a sociedade da qual ela é oriunda.

Em terceiro lugar, se for para se pautar pela qualidade da letra, o heavy metal, com suas músicas de "o mal está vindo", "satanás voltou", estaria morto e enterrado. A maioria das músicas internacionais, em um país onde a minoria consegue estudar um idioma adicional, nem tocaria nas rádios e baladas. Aliás, quem é que sabe o significado de todas (eu disse todas!) as músicas que ouve de bom grado? Quem é que para de dançar na balada para compreender ou porque compreende e se repudia com a letra de uma música internacional? Ninguém, caros amigos, ninguém...

O rap e o funk são legítimas manifestações culturais, nascidas dos morros e periferias que se disseminaram por toda a sociedade. O funk, em especial, é um ritmo contagiante, dançante e alegre (quem é que chora ouvindo um funk?). Os dois gêneros incomodam, vieram de baixo e vieram para ficar, incomodam porque não nasceram de uma elite cultural, incomodam porque, como diz um funk não muito antigo que em sua letra combate o preconceito contra o gênero, "é som de preto, de favelado, mas quando toca, ninguém fica parado", tá ligado?